Desafiar as fronteiras espaciais foi a marca dos anos 60.
Com a então União Soviética avançando em ritmo acelerado,
os Estados Unidos se viu incentivado a superar o país nos desbravamentos do desconhecido.
O investimento na NASA e em todo o seu trabalho levou ao primeiro passo na lua, na dobra final da década, lá em 1969.
E como parte desse contexto histórico,
a televisão refletia os esforços em uma leva de séries sci-fi com temática extraterrestre.
Aterrissar em outros planetas, descobrir vida além da Terra e a dinâmica entre raças distintas foram as temáticas de
Terra de Gigantes, Viagem ao Fundo do Mar,
Star Trek e Perdidos no Espaço.
Esta última ganha novo fôlego, em uma era onde a Terra volta a ser o grande foco das principais discussões mundiais.
Em um planeta que parece anunciar a sua futura extinção, o remake do clássico de Irwin Allen nunca foi tão pontual e preciso.
A plataforma de streaming entende que compactar essa infinidade espacial exige cuidado e faz em seu remake de
Perdidos no Espaço um primor aos olhos.
Perdidos no Espaço um primor aos olhos.
Esteticamente fascinante, a releitura do clássico de 65 ganha novas cores, formas e ainda mais corpo, com o auxílio da tecnologia ultra avançada no tratamento dos efeitos especiais e visuais.
A narrativa se espelha em sua origem, mas com uma nova motivação – tão plausível como a inicial.
Com o nosso planeta em decadência, mergulhado nos efeitos permanentes e mortais do aquecimento global, não há mais solução para a Terra.
A resposta se encontra em Alpha Centauri, a versão ideal para a perpetuidade da vida humana.
Chegar a essa terra prometida é um desafio, condecorado apenas aos mais ilustres terráqueos.
E neste contexto social onde o mundo é distinguido pela expertise, caráter e personalidade alheia, os Robinson renascem com todos os seus pares e um elemento cativante, impresso na diversidade.
Ao contrário da trama nativa, alguns papéis são adaptados para compreender os personagens mais particulares, com raízes negras e latinas.
Transformando o teor cômico do clássico sessentista em um drama permeado por temáticas bem sérias, a releitura mantém algumas referências nostálgicas, para aqueles que cresceram ao som da música tema da série de Irwin Allen.
Ao mesmo tempo, ela atrai esta nova audiência, que delira com efeitos especiais mirabolantes nas telonas do cinema.
Ao mesmo tempo, ela atrai esta nova audiência, que delira com efeitos especiais mirabolantes nas telonas do cinema.
E com John Williams dando um novo toque na canção de abertura, a produção caminha rumo a uma longa jornada, sem medo de sair da sua zona de conforto, com assuntos mais densos.
A experiência sinestésica é real.
Se ela continua até o fim da temporada?
É aguardar para ver.
Vale a pena conferir!
A experiência sinestésica é real.
Se ela continua até o fim da temporada?
É aguardar para ver.
Vale a pena conferir!