A cientista, de 29 anos, foi quem liderou a criação de um algoritmo que permitiu aos demais estudiosos capturarem a imagem do buraco negro pela primeira vez.
Para conseguir armazenar a imagem,
que reservaram um total de 5 petabytes de informação,
que equivalem a 5 milênios de músicas MP3 tocando
ou selfies tiradas por 40 mil pessoas ao longo de toda a vida,
foi preciso uma "pilha de discos rígidos de dados de imagem",
manuseada por Katie, que os abraçou para essa foto, no mínimo, icônica:
O MIT (Massachusetts Institute of Technology), uma das instituições de tecnologia mais respeitas do mundo, comparou a criação de Katie à pesquisa que permitiu aos astronautas pousarem na lua, colocando sua imagem ao lado da cientista da computação do MIT Margaret Hamilton, que recebeu o crédito por ter escrito o código de software crucial que permitiu à Nasa tornar possível uma missão à Lua.
Para contornar este desafio, o algoritmo de Bouman não depende de um único telescópio. Em vez disso, reúne dados de radiotelescópios em todo o mundo.
Os estudos feitos pela jovem começaram em 2016,
quando começou a liderar o desenvolvimento do algoritmo.
Katie conquistou o bacharelado em engenharia elétrica pela Universidade de Michigan em 2011, o mestrado em engenharia elétrica e ciência da computação pelo MIT em 2013 e doutorado na mesma área e mesma instituição em 2017.
Atualmente, Katie Bouman está lecionando no Caltech (California Institute of Technology), em Pasadena.
Seu foco de pesquisa é "projetar sistemas que integram fortemente algoritmo e design de sensor, tornando possível observar fenômenos anteriormente difíceis ou impossíveis de medir com abordagens tradicionais".
O homem pisou na Lua graças a ela!
O "grande passo para a humanidade" que representou a chegada do homem à Lua foi possível por causa de uma mulher,
a matemática Margaret Hamilton.
Ela foi líder da equipe que criou o programa de voo responsável
pelo voo Apollo 11, em 1969, que levou os astronautas
Neil Armstrong e Buzz Aldrin até o satélite da Terra.
Formada em Matemática e pós-graduada em Meteoreologia,
Margaret entrou no MIT (Massachussetts Institute of Technology) aos 24 anos. Em 1968, em meio à corrida espacial americana, se tornou diretora de desenvolvimento de software da Nasa no programa Apollo.
Um ano depois, a missão Apollo 11 foi lançada.
Prestes a pousar na Lua, a nave deu pane: estava desperdiçando energia com um radar, o que deixou o sistema sobrecarregado.
Mas, graças aos cálculos de Margaret, hoje com 82 anos,
o sistema voltou ao prumo automaticamente, pois conseguia definir as prioridades em cada momento do voo.
A missão foi um sucesso.
Katherine Johnson, a "computadora" humana!
A história de Katherine Johnson ficou conhecida por meio do filme
"Estrelas Além do Tempo", de 2017. Atualmente com 100 anos, ela foi contratada pela Nasa em 1953 para fazer os cálculos matemáticos que garantiriam o sucesso dos voos e das missões.
E era tudo à mão, já que naquela época ainda não existiam computadores. Quando os primeiros PCs apareceram, Katherine se sobressaiu e foi alocada no setor que lidaria com a nova tecnologia.
Ela é outro nome por trás dos cálculos da missão Apollo 11,
que levou o homem à Lua.
A mãe do telescópio Hubble!
O telescópio Hubble, há 29 anos no espaço, captou imagens fundamentais para que a Nasa chegasse a algumas de suas maiores descobertas, como a de que o Universo está em constante expansão. Um dos principais nomes ligados ao Hubble
é o de Nancy Roman, ex-astrônoma chefe da Nasa,
onde trabalhou de 1959 a 1979.
Embora o telescópio tenha sido lançado em 1990,
quando Nacy já havia se aposentado do cargo na agência espacial, a própria Nasa a reconheceu como criadora do projeto e a chamou de "mãe do Hubble".
A cientista também liderou diversos projetos, lançamentos de satélites e observatórios astronômicos em órbita.
Ela esteve a frente da primeira missão bem-sucedida da Nasa,
em 1962, quando foi lançado um aparelho para medir
a radiação eletromagnética do Sol.
Nancy morreu em dezembro de 2018, aos 93 anos.
Excluída do Nobel, descobriu corpo celeste até então nunca visto!
A descoberta feita pela física Jocelyn Bell Burnell em 1967 foi agraciada com um Nobel em 1974. Mas ela foi excluída da premiação: os nomes condecorados foram de seus colegas de pesquisa, ambos homens.
No experimento, Jocelyn foi a primeira dos três a identificar um pulsar, uma estrela de nêutrons advindos de explosões de astros no espaço.
Na verdade, foi ela que enxergou os primeiros quatro pulsares a partir de análises de dados fornecidos pelo telescópio utilizado na pesquisa.
O devido reconhecimento só veio em novembro de 2018,
aos 75 anos, quando recebeu o Prêmio Breakthrough Especial de Física Fundamental, considerado o mais lucrativo da ciência atualmente.
E doou os R$ 12 milhões para fundos de bolsas de estudos voltados para mulheres e minorias étnicas.
A escolha pelo nome de Jocelyn foi justificada porque sua descoberta
"foi uma das maiores surpresas da história da astronomia,
transformando as estrelas de nêutrons da ficção científica em realidade".
No espaço por mais tempo do que qualquer outro astronauta americano!
Veterana em diversas missões espaciais, Peggy A. Whitson é a pessoa dos Estados Unidos que passou mais tempo no espaço.
No total, foram 665 dias, completados ao longo de duas missões de seis meses cada e outros 377 dias viajando pelo espaço em outros projetos.
Por causa desse feito, os colegas da Nasa a chamam de
"ninja espacial". Formada em bioquímica, Peggy, hoje com 59 anos,
tentou entrar na agência espacial americana por dez anos até ser aceita, em 1989.
Foi a primeira mulher a comandar uma estação espacial, em 2008.
A caçadora de cometas!
Carolyn Shoemaker se tornou astrônoma em 1980, aos 51 anos, quando entrou para o Instituto de Tecnologia da California.
É conhecida por ser a pessoa que, sozinha, mais descobriu cometas: foram 32, além de mais de 800 asteroides.
Ela também foi responsável pela descoberta do cometa
Shoemaker-Levy 9, em 1993,
ao lado do marido, Eugene Shoemaker, e do cientista David Levy.
Esse cometa se colidiu com Júpiter em 1994.
Saber da sua existência possibilitou que, pela primeira vez, uma colisão entre corpos celestes no sistema solar fosse observada por meio de telescópios.
Atualmente, tem 89 anos e se aposentou das observações espaciais.
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